domingo, 9 de novembro de 2008

OS FLINTSTONES


Salve, salve, vitóleiros de plantão, vale a pena lembrar que os desenhos desta seção foram escolhidos de acordo com o que fez sucesso na TV nos anos 80. Embora muitas séries tenham começado antes, elas fizeram parte da infância e adolescência de quem viveu a década.

Os Flintstones é uma série que dispensa apresentações (não é?). Durante muito tempo, foi o carro-chefe e um dos símbolos da Hanna Barbera. Criada em 1960, a série teve 166 episódios e continua sendo um dos desenhos mais lembrados por quem foi criança dos anos 60 até hoje (passando, é claro, pelos anos 80). A história gira em torno de duas famílias que vivem na cidade de Bedrock – uma referência aos seriados americanos “de família” dos anos 50 e 60. A grande sacada era a ambientação: os Flintstones são uma família de homens das cavernas, mas que vivem com, ahn... modernidade (pelo menos para os anos 60).

The Flintstones

http://www.youtube.com/watch?v=sL_zF_EPK74&NR=1

Yabadabadoo! Dono de um dos gritos mais famosos da história dos desenhos, Fred é o chefe da família Flintstone. Bom, pelo menos ele pensa que é o chefe. Quem manda na casa mesmo é Wilma, que fica batendo os pezinhos esperando o marido, quando ele apronta alguma. “Ah, quando eu puser as mãos no Fred...” Fred é teimoso, nervoso e com um grande apetite para costeletas (enormes!) de brontossauro. Trabalha dirigindo um bronto-guindaste na construtora do Sr. Pedregulho. É também um pai muito, muito coruja.

O objeto da corujice de Fred é Pedrita, uma garotinha lindinha e ruiva como a mãe. Diz a lenda que em 1962, quando decidiram mandar a cegonha para a casa dos Flintstones, a idéia inicial era que fosse um menino, mas os marketeiros de plantão da Hanna-Barbera preferiram uma garota – que renderia mais em licenciamento de produtos como bonecas, por exemplo.

The Flintstones

http://www.youtube.com/watch?v=2vIGsgrdhE4

Mas... passemos para a casa ao lado, onde mora o melhor amigo de Fred, Barney Rubble, e a melhor amiga de Wilma, Betty (famosa pelas risadinhas). Barney é um amigo fiel e um tanto ingênuo – é só contar o número de vezes que ele se meteu nas encrencas e planos mirabolantes inventados pelo vizinho. Quando isso acontece, Betty e Wilma precisam entram em ação! Para livrar os maridos das confusões que aprontam e para darem uma bronca depois. Após o nascimento de Pedrita, os Rubble ficam meio chateados de não poderem ter um filhinho só deles. E resolvem adotar Bam-Bam, um garoto com força sobre-humana que depois se tornaria namorado – e marido - de Pedrita. Agora, um parênteses: você já viu alguma outra série infantil, nos anos 60, tratar do tema da adoção de crianças? Os Flintstones foram pioneiros em vários aspectos – e nem é por terem sido da pré-história! Foi a primeira série a passar em horário nobre nos Estados Unidos (classificada como “programa para toda a família”, ela não ficava relegada aos “horários infantis”) e a ter uma história de trinta minutos. Até então, os desenhos duravam pouquinho e eram exibidos um depois do outro. A duração maior de cada episódio possibilitou a criação de histórias mais elaboradas – que chegaram até a durar vários episódios (a-há! Os Flintstones também foi a primeira série de desenhos a ter “continua” na TV).

A série parou de ser produzida pela Hanna Barbera em 1966, mas continuou rendendo filhotes: nos anos 70, os Flintstones voltaram à TV, com Pedrita e Bam-Bam adolescentes. Em 1962 foi lançado “Os Jetsons”, uma versão futurista dos Flintstones (e, cá entre nós, não tão divertida). Em 1986 foi lançada a versão “baby” da série: “Os Flintstones nos Anos Dourados”.

O primeiro filme baseado na série foi lançado em 1994, com John Goodman e Rick Moranis no papel dos amigos inseparáveis e uma participação especial de Elizabeth Taylor como a terrível sogra de Fred. O filme rendeu uma seqüência em 2000, mas não com o mesmo elenco – nem o mesmo sucesso.

Tecnologia da idade da pedra

Na falta de energia elétrica, temos... a energia animal! Na falta de motor, usemos os pés! Para driblar a falta de várias descobertas tecnológicas que só aconteceriam muitos milênios depois, os habitantes da cidade de Bedrock são muito criativos (veja abaixo a lista com exemplos de invenções que ficaram famosas na série). Abaixo, uma lista das invenções mais legais dos habitantes de Bedrock (lembra de mais alguma?!).
Máquina de lavar roupa: um pássaro que fica sapateando numa tina de pedra cheia de água e sabão. Chuveiro e torneira: um mamute que fica do lado de fora da janela (lógico – um mamute não caberia dentro de casa!), espirrando água pela tromba. Aspirador de pó: pequeno mamute sobre rodas, que aspira a poeira (mamutes são muito usados na idade da pedra!) Semáforo: macaco que fica suspenso num poste, mudando as plaquinhas de verde para vermelho, e vice-versa. Guindaste: um brontossauro com uma cabine de comando instalada na costas. Como é que o Fred desce de lá? Escorregando pela cauda! Vitrola: disco de pedra que gira sobre o casco de uma tartaruga. A agulha é o bico de um pássaro. Sirene de carro de polícia: uma cordinha puxa a cauda de um pássaro, que começa a gritar. Automóvel: como ainda não haviam inventado o motor, é uma estrutura de pedra em forma de carro, movida por impulso humano. Em vez de “quantos cavalos”, o ideal seria perguntar: “quantos pés tem seu carro?”. Triturador de alimentos: um porco (ou javali?) que fica instalado debaixo da pia. Fogão: um quadrado de pedra, com bocal e tudo. Uma das partes é aberta, por onde um dragãozinho fica soltando fogo. Ventilador: um pássaro que fica girando a cauda.

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